Muito amor em "A menina índigo"
Em meio a um momento conturbado e tenso que passamos no mundo, fui apresentada ao longa “A menina índigo”. De cara, não dei nada por esse filme, mas fui muito bem surpreendida por uma história doce, leve e muito necessária neste momento de preconceitos e ódios exarcebados.
“A menina índigo” conta a história de Sofia, uma menina de 7 anos, supersensível, representada pela fofa Letícia Braga. Sofia adora brincar com tintas e vive pintando tudo à sua volta. Seus pais, Luciana (Fernanda Machado) e Ricardo (Murilo Rosa) são separados, e ela vai tentar uni-los novamente, mas de uma forma super doce e delicada. Além disso, Sofia tem ainda uma espécie de poder, e consegue curar as dores das pessoas. Por ter um comportamento fora do padrão, o pai, preocupado, a leva em vários especialistas e todos eles dizem que é déficit de atenção, hiperatividade e até receitam remédios de tarja preta para “acalmar” a menina.
Sofia faz parte do que seria uma nova geração de crianças, que são chamadas de "índigo". Estas crianças teriam poderes transformadores sobre a sociedade, são mais sensíveis e apresentam uma lógica mais evoluída para as coisas do mundo. Se tudo isso é verdade ou não, não sei e nem me interessa. O amor e a compaixão que o filme passa é maior do que qualquer crença.
Toda a família de Sofia é transformada pelo seu modo peculiar de ver a vida e eu acho que todo mundo deveria conhecer uma criança índigo também, para sentir algo próximo ao que elas sentem, ver a vida como elas veem. Podemos tentar procurar ser mais amáveis e menos duros uns com os outros. Como disse, por se tratar de um momento complicado, acho que esse filme me tocou de uma forma mais profunda do que se ele tivesse sido lançado há cinco anos, por exemplo. Não sei se foi só a TPM, mas me fez chorar. A necessidade de amor e compaixão que temos hoje fez com que o filme me emocionasse, pela simples mensagem de amor que tenta passar. Muito bonito imaginar esse otimismo nesse momento tão tenso.
O final é meio clichêzão, mas bem-vindo. As mudanças de temperamento e personalidade de Luciana, mãe de Sofia, foram muito bruscas, mas pode ser justamente o que dizem que as crianças índigo fazem, que mudam até a forma como uma pessoa vê a vida.
“A menina índigo” tem direção de Wagner de Assis, que também dirigiu “Nosso lar”. O filme conta ainda com um livro lançado pela editora Butterfly, em que o diretor dá detalhes dos bastidores e promove reflexões sobre esta nova geração de crianças. Além de Letícia Braga, Murilo Rosa e Fernanda Machado, ainda estão no elenco Eriberto Leão, Paulo Figueiredo e Xuxa Lopes. Confira o trailer: