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"Antes Que Eu Me Esqueça", com Danton Melo e Zé de Abreu, traz conflituosa relação entre p


Aos 80 anos de idade, Polidoro (José de Abreu) é um juiz aposentado que vive sozinho e mal tem contato com o filho Paulo (Danton Mello), músico que sonha em ser um pianista de sucesso, mas está longe do objetivo. Sua filha mais próxima, Bia (Letícia Isnard), entra com uma ação para interditá-lo (já tem tempos que ela percebe que as coisas não estão muito bem) e Polidoro decide investir seus fundos numa boate de striptease em Copacabana. Nos desdobramentos desta trama central, acompanhamos o cumprimento de uma decisão judicial que obriga Paulo a voltar a conviver com o pai, que descobrimos ter Alzheimer. O juiz precisa que ambos estejam mais próximos para que o filho também seja capaz de dar uma opinião mais embasada sobre a necessidade de interdição, e por isso devem ter encontros semanais até que alguma decisão possa ser tomada.

O enredo de "Antes Que Eu Me Esqueça" é meio forçado? Um pouco. Pelo menos eu nunca soube de uma decisão como essa, que obrigasse pai e filho já adultos a conviverem. Me pareceu estranho, mas não conheço tão a fundo a legislação para saber como isso funciona. O fato é que tal fato nos leva a acompanhar o nascimento de uma relação antes inimaginável - e muito emocionante (sim, as chances de você deixar escorrer uma lágrima ou duas são bem grandes).

Choramos porque lembramos da nossa família, dos nossos relacionamentos e percebemos que a máxima do "aproveitar cada segundo de vida" é clichê, mas é real. Todos os envolvidos na situação, em um momento ou outro, deixam suas verdades absolutas de lado para se entregarem ao prazer de algo novo.

"Antes Que Eu Me Esqueça" traz uma característica muito bem realizada pelo cinema francês: a perfeita junção entre riso e drama. Porque sim, as gargalhadas por aqui são muitas (até Dedé Santana está no elenco, no papel de um amigo de Polidoro), mas com um fundo de bastante emoção. Afinal de contas, é assim que a boa vida acontece: com risadas, choros, emoções, alegrias, normalidades e surrealismos.

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Manu Mayrink é fanática por livros, filmes, séries, música e lugares novos.  A internet é seu maior vício (ao lado de banana e chocolate, claro) e o "Alguém Viu Meus Óculos?" é seu xodó. Ela ama falar (muito) e contar pra todo mundo o que anda fazendo (taurina com ascendente em gêmeos, imagine a confusão!). Já morou em cidade pequena e em cidade grande, já conheceu gente muito famosa e outras não tanto assim (mas sempre com boas histórias). Já passou por alguns lugares incríveis, mas quando o dinheiro aperta ela viaja mesmo é na própria cabeça. Às vezes mais do que deveria, aliás.

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