As boas intenções de “O que de verdade importa”
Em “O que de verdade importa” (ou “The Healer”, no original), Alec (Oliver Jackson-Cohen) é um homem de vida desregrada que, por conta de uma série de dívidas contraídas ao longo de anos por sua falta de comprometimento, está sendo perseguido por cobradores. Alec vê sua vida mudar de cabeça para baixo quando um tio perdido aparece de surpresa e resolve ajudá-lo, disposto a pagar suas dívidas se ele se mudar para o Canadá e lá trabalhar.
Alec aceita a proposta e vai morar em Nova Escócia, no interior do Canadá, um lugar quase isolado e paradisíaco, por um ano. Lá, acontece uma confusão com o nome da sua profissão. Ele é eletricista, mas é anunciado como “o curador” e os moradores do povoado passam a vê-lo como um homem que pode curar doenças. No desenrolar da história acabamos por descobrir que Alec faz parte de uma linhagem de homens que curam pessoas de forma divina naquele povoado.
Ao longo de todo o filme a religião é colocada várias vezes de formas nada discretas e o modo como é abordada a sexualidade de Cecilia (Camilla Luddington) ficou meio confusa para mim. A trilha sonora, assim como toda a montagem é bem estilo “Sessão da tarde”, tranquilinha e clichê. Como pontos positivos destaco a fofura na questão dos animais e as belíssimas imagens da cidade do interior, que trazem uma verdadeira paz.
Levando em conta os objetivos humanitários do filme, ele se mostra uma ótima ferramenta de entretenimento. “O que de verdade importa” é dedicado a Paul Newman, que criou uma ONG para crianças com câncer e o mais legal de tudo é que toda a renda de bilheteria deste filme vai ser revertida para ONGs com esse mesmo propósito, então, só por isso já vale à pena ir ao cinema. A mensagem final do diretor mexicano Paco Arango é emocionante. “O que de verdade importa” estreia amanhã, 27 de setembro. Confira o trailer: