"Minha Vida em Marte" e a química perfeita entre Paulo Gustavo e Mônica Martelli

Em "Minha Vida em Marte", sequência de "Os Homens São de Marte... e É Pra Lá Que Eu Vou", Fernanda (Monica Martelli) está casada com Tom (Marcos Palmeira), com quem tem uma filha de cinco anos, Joana (Marianna Santos). O casal está em meio ao desgaste causado pelo convívio por muitos anos e isso gera atritos constantes. Quem a ajuda a superar a crise é seu sócio Aníbal (Paulo Gustavo), parceiro inseparável durante a jornada entre salvar o casamento ou pôr fim a ele.

A química entre os dois amigos é o que faz com que o filme valha a pena ser visto. Eles arrasam juntos! Aliás, o Paulo Gustavo abre a boca e eu já quero rir, então qualquer produção em que ele esteja no elenco me arranca gargalhada. Minha sensação é de que, entre Mônica e Paulo, há muito improviso. E daí vem as melhores cenas.
Muita gente vai se identificar com a história, afinal de contas todo mundo já teve seu momento de crise no relacionamento. Mas ao mesmo tempo não há um aprofundamento nas questões. A ideia é nos fazer rir a todo custo, tendo como pano de fundo nossos problemas e todas as questões até chegar no tão desejado amor próprio. Mas permanecem no roteiro os clichês sobre relacionamentos e lugares-comuns da imagem feminina, como a necessidade de estar ao lado de um homem. Tais construções fazem certo sentido quando chegamos à cena final, mas podem cansar ao longo do processo.

A comédia leve e de puro entretenimento ainda é o que o Brasil sabe fazer de melhor (e, claro, de maior alcance). "Minha Vida em Marte" é capaz de fazer rir e passar o tempo com diversão. Apesar dos problemas, esta sequência faz sentido. Afinal de contas, do outro lado do "felizes para sempre" também tem história.
O longa chega aos cinemas neste dia 25 de dezembro e tem classificação etária de 12 anos.