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“O Jovem Karl Marx”, do haitiano Raoul Peck


O Jovem Karl Marx

Estreia no próximo dia 28 de dezembro o filme “O Jovem Karl Marx”, que conta a história daquele que foi o pai de importantes teorias sociais. Este é um bom filme para entender o homem antes de tudo e como nasceu o movimento comunista.

Logo no início, uma forte cena de “roubo” de lenha na Prússia impacta, ainda mais com a frase que aqueles camponeses conheciam a punição, mas não o crime. Esse fato influenciou nos pensamentos de Marx que vieram a seguir.

Os textos de Karl faziam sucesso no jornal, mas tempos depois ele passa por um período crítico, em que seus textos já não eram mais lidos e, exilado na França, teve que procurar outros empregos para sustentar a família, de uma esposa e duas filhas. Aos 26 anos, em 1844, no exílio na França com sua esposa Jenny, ele conhece Engels, filho de um grande industrial da fábrica “Emen e Engels”.

Os trabalhadores desta fábrica não tinham direitos trabalhistas e eram praticamente escravizados, ganhando o suficiente somente para sobreviver. Engels passou por momentos de conflito interno ao fazer propaganda comunista enquanto trabalhava na indústria. Friedrich Engels investigou o nascimento da classe trabalhadora britânica.

O Jovem Karl Marx

Karl era visto como um brutamontes e no início, Karl e Engels não se entenderam de cara, por Engels ser um riquinho, mas os dois já admiravam as ideia um do outro. O filme mostra como se deu o desenrolar desta amizade e de todo o pensamento que os dois juntos criaram. Juntos, eles ainda enfrentaram homens poderosos que exploravam ao máximo os trabalhadores para obterem seu lucro.

Já em Londres, vimos quando a “Liga dos Justos” vira “Liga dos Comunistas”, o nascimento da oposição entre burguesia e proletariado, do Manifesto do Partido Comunista, a revolução de 1848. O fim do longa ainda nos brinda com imagens reais de guerras e conflitos por dinheiro.

Jenny, esposa de Marx era uma aristocrata que preferiu largar a família e a vida confortável para viver com ele, porque acreditava e compartilhava de suas ideias. Para Marx e Engels, as mulheres eram de fato alguém, tinham suas próprias ideias, pensamento contrário ao comum na época.

Muito além da aura do mito que se criou em cima de Marx, o filme mostra o homem Karl, comum, que amava sua mulher, se preocupava com a filha doente e passava mal ao beber demais, como todos nós.

É um filme interessante para quem está estudando história, porque mostra o nascimento do comunismo em um momento de revolução industrial muito importante para entendermos o momento histórico que a Europa passava. É bom também para quem estuda línguas, pois no filme se fala muito inglês, francês e alemão. A direção é do haitiano Raoul Peck, de “Eu Não Sou Seu Negro”.

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Manu Mayrink é fanática por livros, filmes, séries, música e lugares novos.  A internet é seu maior vício (ao lado de banana e chocolate, claro) e o "Alguém Viu Meus Óculos?" é seu xodó. Ela ama falar (muito) e contar pra todo mundo o que anda fazendo (taurina com ascendente em gêmeos, imagine a confusão!). Já morou em cidade pequena e em cidade grande, já conheceu gente muito famosa e outras não tanto assim (mas sempre com boas histórias). Já passou por alguns lugares incríveis, mas quando o dinheiro aperta ela viaja mesmo é na própria cabeça. Às vezes mais do que deveria, aliás.

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