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“Churchill”, o homem por trás do estadista


No próximo dia 05 de outubro estreia o filme “Churchill”, sobre, claro, Winston Churchill, ex-primeiro ministro britânico. O longa não é uma biografia da vida de Winston, mas sim, retrata a vida do estadista durante os dias anteriores do Dia D, em junho de 1944, na Segunda Guerra Mundial. As forças aliadas estavam prontas para invadir a Europa ocupada pelos nazistas e só dependiam da decisão de Churchill, que se colocou radicalmente contra.

Em 1944, Winston sente ainda culpa por conta de uma operação parecida que aconteceu na Primeira Guerra. Ele se sentia responsável por mandar pessoas para a morte em uma operação nas praias de Galípoli, em 1915, e não queria repetir o erro. Na ocasião, durante a tentativa de invasão da Turquia, 250 mil pessoas haviam sido mortas.

“Churchill” mostra cenas de confrontos do estadista com o General Eisenhower e o Comandante Bernard Montgomery, que estão obstinados a realizar a operação Dia D a qualquer custo. Com este caso, tudo começa a irritá-lo e ele, que tinha boas ideias, passa a ficar arrogante e impaciente com as pressões. Entretanto, como mostra o longa, é com o apoio de Clementine, sua esposa, que Churchill se mantém firme. Esta mulher forte, que não gosta de aparecer, mas dá todo o suporte necessário para que Churchill se mantenha de pé, é representada por Miranda Richardson, que, entre muitos outros trabalhos, foi a Rita Steeker, em Harry Potter. Já Winston Churchill é representado pelo escocês Brian Cox.

As melhores cenas na minha opinião são as em que Churchill aparece com Clementine, pois é quando é mostrado o lado mais humano de Churchill, que em geral não conhecemos e não reconhecemos em seus famosos discursos. Apesar de arrogante muitas vezes, ainda é um homem bom, que se importa com as pessoas. “Churchill” mostra a agonia de um homem que envelhece e vê sua influência diminuir, tendo que passar a aceitar coisas com as quais não concorda. Ainda assim, tem que fazer um discurso positivo e de esperança, mesmo que tudo dê errado e que homens morram, e só o consegue com a ajuda de sua esposa e, com uma bela sacada do filme, de sua secretária.

Winston Churchill também teve seus momentos de tristeza que desencadeava em uma crise produtiva, quando não conseguia mais escrever nada. Nesse sentido, é muito interessante pensar em como às vezes esperamos demais de uma pessoa, quando na verdade ela, assim como nós, é um ser humano e passa por uma série de questões e crises em relação à sua própria existência. Nossos ídolos não são super heróis. São seres humanos. O que deixa tudo mais legal, na minha opinião.

Confira o trailler de “Churchill”, do diretor Jonathan Teplitzky, baseado no roteiro original do historiador britânico Alex von Tunzelmann:


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Manu Mayrink é fanática por livros, filmes, séries, música e lugares novos.  A internet é seu maior vício (ao lado de banana e chocolate, claro) e o "Alguém Viu Meus Óculos?" é seu xodó. Ela ama falar (muito) e contar pra todo mundo o que anda fazendo (taurina com ascendente em gêmeos, imagine a confusão!). Já morou em cidade pequena e em cidade grande, já conheceu gente muito famosa e outras não tanto assim (mas sempre com boas histórias). Já passou por alguns lugares incríveis, mas quando o dinheiro aperta ela viaja mesmo é na própria cabeça. Às vezes mais do que deveria, aliás.

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