Ryan Gosling e Harrison Ford em “Blade Runner 2049”

Acontece hoje (05) a estreia mais esperada do mês. O clássico "Blade Runner" ganha uma sequência, desta vez estrelada por Ryan Gosling. No elenco, também está Harrison Ford, a estrela do filme anterior. Neste novo longa, o agente K, que é representado por Gosling, descobre um segredo que pode instalar o caos nesta sociedade futurística. Durante esta investigação, ele vai atrás de Rick Deckard (Harrison Ford), que estava desaparecido há três décadas.
Atentem-se: não sou fã de ficção científica e não entendo muito do ramo. Dito isso, falarei a verdade: não entendi muito de “Blade runner”. Assisti ao primeiro filme, de 1982, para tentar entender alguma coisa, mas não adiantou muito. Ajudou sim a entender melhor o que eram os replicantes e como eles funcionam na narrativa, mas não me fez apegar à história e só me fez querer que acabasse logo. Tanto o primeiro, quanto a sequência, me pareceram enfadonhos e não prenderam minha atenção por muito tempo. “Blade runner 2049”, em especial, tem ritmo ainda mais lento.
O que mais me interessou no filme, já que não gosto muito de ficções científicas, foram os pequenos lapsos de ironia, o lado mais humano da coisa, que chegou a me tirar um risinho ou outro. A confusão das memórias, que é o grande mote do filme, é uma premissa interessante. Há uma fala que eu gostei: “Qualquer memória real é mais confusa e com menos detalhes, porque lembramos os sentimentos”.
“Blade runner” mostra uma tecnologia avançadíssima, com carros voadores, por exemplo, enquanto as cidades mesmo estão totalmente destruída. A questão do real e do virtual é bem trabalhada no filme, em que as pessoas pagam para sentirem a felicidade, por exemplo, já que a vida em si já não é mais capaz de proporcionar isso. Como Joi, uma namorada digital representada pela bela Ana de Armas, que é programada para despertar a felicidade e o desejo em quem a adquire, falando e sendo tudo o que ele quer que ela seja.
Ryan Gosling e Jared Leto estão ok no filme, mas é Harrison Ford que, mesmo só aparecendo do meio para o fim, é para mim o destaque. Quem também merece destaque por sua atuação é a cubana Ana de Armas, que além de conseguir trabalhar bem uma personagem complicada, é dona de uma beleza tão delicada que me encantou. "Blade runner 2049" é um filme bacana de assistir no cinema, por conta de seus efeitos especiais. Confira o trailer do filme, dirigido por Dennis Valleire (que também dirigiu o sensacional “A Chegada”):