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O atual e complicado “A Trama”


a trama cartaz

Em uma pequena cidade da França, um grupo de sete jovens faz parte de uma oficina de escrita, tentando construir um romance, com nuances policiais e de suspense. A escritora Olivia Dejazet (Marina Foïs) é a professora e mentora deste grupo. Este é o enredo do francês “A Trama”, que estreou no último dia 16 de novembro.

São sete jovens diversos, de origens distintas. Durante os encontros, com o intuito de criar o enredo de seu romance, este grupo discute os atentados terroristas recentes pelos quais a França sofreu, dando assim uma atualidade interessante ao filme. Assim, são colocadas ainda questões de raça e há discussões a respeito. Alguns alunos queriam envolver temas políticos no romance, porque acreditam estar vivendo um momento em que esse assunto está presente o tempo todo. “Na ficção podemos reforçar algo que não somos ou desaprovamos para denunciar”, conforme fala um dos alunos.

Fora da sala de aula, o filme mostra somente um aluno da turma, Antoine, representado por Matthieu Lucci. Este é um jovem complicado e introvertido. Quando mostra seu ponto de vista, assusta e até irrita a seus colegas, por conta de suas ideias radicais e perigosas. Olivia fica intrigada com o comportamento de Antoine e nós assistimos ao desenrolar desse interesse entre aluno e professora.

O filme tenta colocar em pauta como os jovens de hoje em dia lidam com tantas questões, neste mundo que passa por um momento bem polarizado e complicado. As ideias de extrema direita de Antoine ainda me parecem absurdas, mas cada vez menos anormais, à medida em que é muito replicada. Não sei se foi uma boa ideia abordar esse assunto da forma como foi abordada porque me pareceu mais uma replicação de ideias que abomino. Não sei até que ponto funcionou de fato como uma denúncia. Além disso, foi uma pena só não ter aprofundado mais nos outros personagens do longa, que também me pareceram ter potencial interessante e foram pouco aproveitados.

“A Trama”, cujo título original é “L’Atelier”, é dirigido por Laurent Cantet, que já venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes pelo filme “Entre os muros da escola”, em 2008.

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Manu Mayrink é fanática por livros, filmes, séries, música e lugares novos.  A internet é seu maior vício (ao lado de banana e chocolate, claro) e o "Alguém Viu Meus Óculos?" é seu xodó. Ela ama falar (muito) e contar pra todo mundo o que anda fazendo (taurina com ascendente em gêmeos, imagine a confusão!). Já morou em cidade pequena e em cidade grande, já conheceu gente muito famosa e outras não tanto assim (mas sempre com boas histórias). Já passou por alguns lugares incríveis, mas quando o dinheiro aperta ela viaja mesmo é na própria cabeça. Às vezes mais do que deveria, aliás.

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