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"Bright", novo filme da Netflix, é uma confusa mistura de magia e mundo real


Se tem um filme sendo muito comentado e com várias expectativas sobre ele, a gente vai assistir pra contar o que achou, certo? Então, vamos lá ver o que "Bright" tem a oferecer.

O longa original da Netflix se passa no nosso mundo, mas em uma realidade alternativa em que humanos, orcs, elfos e fadas coexistem. O filme tem como protagonistas dois policiais: Ward, um humano (Will Smith), e Jakoby, um orc (Joel Edgerton). Os dois fazem parte de uma patrulha noturna e, apesar de suas inúmeras diferenças, eles devem trabalhar juntos para proteger uma jovem elfa e uma varinha que deveria estar esquecida e que, se cair em mãos erradas, pode destruir tudo. Isso faz com que a relação entre Ward e Jakoby seja obrigada a mudar. O humano precisa deixar seu preconceito de lado e confiar sua vida a seu companheiro. O Orc, aliás, tem bons sentimentos humanos mais do que todos os outros humanos do filme.

É muita fantasia sim, mas isso nunca foi um problema pra mim. Mas em "Bright" a coisa soa bem confusa. É difícil entender tudo que levou o mundo àquele contexto, porque inimigos são inimigos e amigos são amigos. Algumas coisas são simplesmente jogadas sem nenhum tipo de explicação sobre o seu significado. Parece um filme de ação, cheio de cenas de brigas, tiroteio e porradas, mas com uns bichos estranhos metidos lá no meio ao invés de apenas humanos. Algumas cenas me deixaram realmente pensando what the fuck?, como uma briga e uma perseguição no meio de rodinhas punk em um show. Fora os diversos clichês nas cenas de ação e nas cenas de fantasia, que já deixam a gente, de certa forma, prevendo o final.

Aparentemente, não fui apenas eu quem não reagiu bem ao longa (embora alguns críticos, como os da Folha de São Paulo, tenham feito muitos elogios): "Bright" amarga apenas 29% de aprovação no Rotten Tomatoes e tem recebido duras críticas por seu roteiro confuso. Mas isso veio da crítica especializada; o público pensa diferente e no Rotten Tomatoes, 82% da audiência que já assistiu realmente gostou do filme. Como é uma produção disponível na Netflix e sem a necessidade de pagar ingressos caríssimos para assisti-lo, acho que vale você dar uma olhadinha e chegar às suas próprias conclusões. E depois vir aqui me dizer o que achou, claro! Há boatos de que o longa pretende virar uma série e, aí, desdobrar questões que ficaram soltas. Pode ser um bom caminho...

De qualquer forma, uma coisa que passei a reparar em filmes de fantasia depois de adulta é como eles são capazes de retratar, naquele universo paralelo, questões tão nossas. Neste caso, refletimos sobre preconceito, amizade, escolher dar ouvidos ao mundo ou ao nosso coração... e nos apaixonamos por Jakoby, o Orc mais fofo já visto.

Por fim, palmas mesmo pra equipe de maquiagem que deixou Joel Edgerton irreconhecível como Orc! Adoro o trabalho dessa galera!

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Manu Mayrink é fanática por livros, filmes, séries, música e lugares novos.  A internet é seu maior vício (ao lado de banana e chocolate, claro) e o "Alguém Viu Meus Óculos?" é seu xodó. Ela ama falar (muito) e contar pra todo mundo o que anda fazendo (taurina com ascendente em gêmeos, imagine a confusão!). Já morou em cidade pequena e em cidade grande, já conheceu gente muito famosa e outras não tanto assim (mas sempre com boas histórias). Já passou por alguns lugares incríveis, mas quando o dinheiro aperta ela viaja mesmo é na própria cabeça. Às vezes mais do que deveria, aliás.

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