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"Everything Sucks" e as dores e delícias de ser um adolescente... nos anos 90!


Pra ler ouvindo:

Pode parecer clichê, mas ser adolescente não é mesmo fácil. É a época das descobertas - de si e do outro. É quando tudo o que queremos e precisamos é autoafirmação, mas é sempre tão difícil! É um período cheio de estigmatização e inseguranças mil. Fatalmente você que está lendo já ficou mal por algum motivo que hoje parece super bobo ou já deixou alguém bem pra baixo até mesmo sem querer. Em "Everything Sucks", nova série da Netflix, todos os clichês da adolescência se fazem presentes. Só que nos anos 90! E é muito doido e interessante acompanhar e relembrar as modas e tecnologias da época. Por exemplo: quem nunca pegou um CD novinho do artista favorito e ficou deitado no quarto acompanhando as letras pelo encarte até decorar tudo?

"Everything Sucks" se passa em Oregon, em uma cidade chamada Boring, no ano de 1996. Na escola, Kate Messner (Peyton Kennedy) e Luke O’Neil (Jahi Winston) são dois alunos que sabem muito bem o que é passar pelos dramas do colégio, mas não os únicos, já que todos os membros do clube de teatro e de vídeo sentem o mesmo desespero (ótimo pra percebermos que todos nós temos os nossos dramas, mesmo que não pareça. Inclusive depois que a adolescência passa, aliás) Sem internet ou smartphones, essa turma decide, então, produzir um filme que acaba registrando todos os dramas do ensino médio. A série não é exatamente focada na nostalgia. Os anos 90 são pano de fundo para os dramas de adolescentes de qualquer época. Estão presentes nas roupas, nos objetos de cena, nas músicas e até nos planos e enquadramentos das câmeras, que lembram muito as produções daquela época.

Pausa para: meu sonho uma escola como essas dos filmes americanos em que existem milhões de clubes de diferentes tipos. Eu ia ser a louca dos clubes certamente.

A série traz questões sobre a descoberta da sexualidade e a importância da representatividade pro autoconhecimento e autoaceitação. É bom demais quando percebemos que existem outras pessoas como nós no mundo, que não somos os únicos e/ou errados. Mas não pense em um grande enredo, cheio de reviravoltas e personagens complexos. Em "Everything Sucks", todo mundo é gente como a gente, com alegrias e problemas normais (embora na adolescência nada seja exatamente normal...). A história cumpre bem seu papel de mostrar o dia a dia e a rotina dos jovens da cidade de Boring.

E é tudo é bem rapidinho, com apenas 10 episódios de aproximadamente 25 minutos. Dá pra ver numa tacada só! O maior problema é o final, que deixa muito clara a necessidade de uma segunda temporada (e sabemos bem como estas coisas não são garantidas com a Netflix, né?). Mas aí a gente finge que não viu a última cena e pronto, aceita a série como finalizada. Porém queremos sim uma temporada nova, dona Netflix, não se faça de desentendida.


Para wix.jpg

Manu Mayrink é fanática por livros, filmes, séries, música e lugares novos.  A internet é seu maior vício (ao lado de banana e chocolate, claro) e o "Alguém Viu Meus Óculos?" é seu xodó. Ela ama falar (muito) e contar pra todo mundo o que anda fazendo (taurina com ascendente em gêmeos, imagine a confusão!). Já morou em cidade pequena e em cidade grande, já conheceu gente muito famosa e outras não tanto assim (mas sempre com boas histórias). Já passou por alguns lugares incríveis, mas quando o dinheiro aperta ela viaja mesmo é na própria cabeça. Às vezes mais do que deveria, aliás.

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