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Dia do Choro (23) terá atrações em toda a cidade do Rio em parceria da Secretaria Municipal de Cultu


Para celebrar o Dia do Choro, comemorado em 23 de abril, a Secretaria Municipal de Cultura do Rio, em parceria com o Instituto Casa do Choro, criou uma programação especial que inclui travessia na barca Praça XV-Paquetá, um passeio de VLT e uma série de atrações gratuitas em tradicionais redutos do gênero na cidade. Esta é a segunda edição do evento desde que a Secretaria Municipal de Cultura incluiu o Dia do Choro no Calendário Cultural Oficial da Cidade, em abril do ano passado. Além de Pixinguinha, cujo dia de nascimento inspirou a data comemorativa, a programação de 2018 vai homenagear também o centenário de Jacob do Bandolim e Dino Sete Cordas.

O legado dos dois grandes músicos será celebrado ao longo de todo o dia, com atividades simultâneas em quatro bairros: Paquetá, Centro, Olaria e Tijuca. Às 10h, a barca Praça XV-Paquetá dá partida na programação, com show comandado pelo bandolinista Pedro Amorim durante o trajeto para a ilha. No mesmo horário, a Casa do Choro, na Rua da Carioca, exibe o filme ‘Choro Carioca – Música do Brasil’, produzido a partir da filmagem do show homônimo, realizado em 2016. Com direção de Zeca Ferreira e direção musical de Maurício Carrilho e Paulo Aragão, o filme conta com participações dos músicos Cristóvão Bastos, Luciana Rabello, Maurício Carrilho, Aquiles de Moraes e Magno Júlio e terá duas sessões.

Às 13h, o ‘VLT do Choro’ parte da Rodoviária levando a bordo o conjunto ‘Os Matutos’, que se apresenta no trajeto até a Praça Tiradentes, onde será instalado o palco principal da programação. A partir de 14h, a praça vai receber shows do conjunto Segura o Dedo, do quarteto Bandolinata (com os bandolinistas Pedro Aragão, Marcílio Lopes, Maycon Júlio e Luis Barcelos), do Sexteto Maurício Carrilho, do conjunto Os Matutos e do Bandão e Coral da Escola Portátil de Música.

Nos demais bairros, a Casa do Choro fará a produção em dobradinha com outros parceiros. Em Paquetá, a Casa das Artes de Paquetá abrirá seu quintal para uma contação musicada de histórias sobre os homenageados, voltada ao público infantil, às 12h, seguida de roda de choro, às 14h. Em Olaria, bairro natal de Pixinguinha, o Movimento 100% Suburbano comanda, a partir de 14h, a agenda na Praça Ramos Figueira e na rua Custódio Nunes. Na Tijuca, a música está a cargo do movimento Choro na Rua, liderado por Silvério Pontes, que leva sua tradicional roda para a esquina da Praça Saens Peña com a rua Carlos Vasconcelos. (Confira a programação completa no fim deste texto)

“O choro é um ritmo genuinamente carioca, um patrimônio a ser cada vez mais celebrado e valorizado, tocado em todos os cantos do Rio de Janeiro. Incluir o Dia do Choro no calendário oficial da cidade foi uma medida de valorização do gênero e de celebração à musicalidade da alma do Rio. Viva Pixinguinha!”, afirma Nilcemar Nogueira, secretária municipal de Cultura do Rio.

“Essa união de esforços nada mais é do que nosso total respeito ao próprio choro, que é agregador por natureza e sempre precisou do trabalho em conjunto para chegar aonde chegou”, observa a presidente da Casa do Choro, a cavaquinista Luciana Rabello, que saúda a entrada do Dia do Choro no calendário oficial da cidade. “É uma conquista não só dos chorões, como de todos que gostam da boa música brasileira, dessa música que é um alicerce da cultura do nosso país.”

Sobre Jacob do Bandolim e Dino Sete Cordas

Neste ano, as homenagens a Pixinguinha são divididas com outros dois grandes chorões cujo centenário se completa em 2018. Um deles é o instrumentista e compositor carioca Jacob do Bandolim (Jacob Pick Bittencourt), autor de sucessos como “Noites cariocas”, “Assanhado”, “Santa morena”, “Doce de coco”, “Diabinho maluco”, “Vibrações” e “A ginga do Mané”, além de radialista e pesquisador fundamental sobre as raízes do choro. Nascido em 14 de fevereiro de 1918, viveu apenas 51 anos, até o dia 13 de agosto de 1969, quando foi fulminado pelo segundo infarto enquanto chegava em casa de uma visita ao querido amigo Pixinguinha.

Um dos responsáveis por levar adiante o legado de Jacob após sua morte precoce foi justamente o conjunto formado por ele, o Época de Ouro, que tinha entre suas figuras centrais o outro homenageado desta edição do Dia do Choro, o violonista Dino Sete Cordas (Horondino Silva), considerado o principal formatador da linguagem do violão de sete cordas na música popular brasileira. Já como compositor, tem duas canções como seus maiores sucessos: “Aperto de mão” (com Jaime Florence e Augusto Mesquita) e “Pastora dos olhos castanhos” (com Alberto Ribeiro). Ao contrário do amigo bandolinista, teve vida longeva – foram 88 anos de vida, entre 05 de maio de 1918 e 27 de maio de 2006.

Confira a programação completa do dia 23 de abril de 2018:

PAQUETÁ

10h Homenagem a Jacob do Bandolim na barca Praça XV/Paquetá

Roda de choro com Pedro Amorim (bandolim), Oscar Bolão (percussão), João Camarero, Rafael Mallmith (violões), Iuri Reis (cavaquinho) e Edu Neves (sax e flauta), entre outros músicos;

11h30 Casa de Artes de Paquetá: O Choro dos Meninos

Evento para o público infantil: "O Choro dos Meninos" - Livramento conta, para crianças, histórias de Jacob, Dino e Pixinguinha.

14h Casa de Artes de Paquetá: Roda de Choro

OLARIA

14h Praça Ramos Figueira: Roda de Choro no Reduto Pixinguinha

Homenagem a Pixinguinha, Jacob do Bandolim e Dino Sete Cordas, abrindo a programação local, que inclui apresentação do coral Nós e o Choro e rodas na Rua Custódio Nunes (em frente ao Bar da Portuguesa). Além da música, o local terá também um ateliê a céu aberto (atividades de pintura de painéis, oficinas de argila, oficina de confecção de instrumentos musicais para crianças e jovens) e uma feira de artesanato e gastronomia (feijoada).

TIJUCA

16h Choro na Rua: Praça Saens Pena, esquina com Rua Carlos Vasconcelos

Com Silvério Pontes (trompete), Zé da Velha (trombone), Henrique Cazes (cavaquinho), Alexandre Maionese (flauta), Dudu Oliveira (sopros), Rogério Caetano (7 cordas), Tiago Souza (bandolim), Charlles da Costa (7 cordas), Alessandro Cardozo (cavaquinho), Netinho Albuquerque (percussão) e Rodrigo Jesus (percussão), entre outros.

CENTRO

CASA DO CHORO – cinema

10h Pré-estreia do filme “Choro Carioca: música do Brasil”

Filme de Zeca Ferreira que registra o espetáculo homônimo estreado na Casa do Choro em 2016, com Aquiles Moraes (trompete e fluguel), Cristóvão Bastos (piano), Luciana Rabello (cavaquinho), Mauricio Carrilho (violão) e Magno Júlio (percussão). Ilustrado com pinturas de Cândido Portinari e fotografias do Acervo do Instituto Moreira Salles (entre outros itens iconográficos), o filme tem ainda a participação de Paulo Cesar Pinheiro e depoimentos da historiadora Martha Abreu e dos músicos Pedro Aragão e Déo Rian.

11h Segunda sessão

RODOVIÁRIA NOVO RIO – choro itinerante

13h Música no Veículo Leve sobre Trilhos (VLT)

Embarque do conjunto Os Matutos, na estação Rodoviária, com apresentação ao longo da linha 2 do VLT, até a estação Tiradentes.

PRAÇA TIRADENTES – shows

14h Segura o Dedo

Com Guilherme Falcão (7 cordas), Leo Careca (pandeiro), Paula Borghi (violão), Jamerson Farias (cavaquinho), Rodrigo Milek (clarinete e clarone) e Son Lemos (bandolim);

15h Quarteto Bandolinata: Homenagem a Jacob do Bandolim

Com Pedro Aragão, Marcilio Lopes, Luís Barcelos e Maycon Júlio (bandolins);

16h Sexteto Mauricio Carrilho

Com Mauricio Carrilho (violão), Ana Rabello (cavaquinho), Marcus Tadeu (percussão), Pedro Paes (saxofone), Rui Alvim (clarinete) e Tom Hetz (flauta);

17h Os Matutos

Com Aquiles Moraes (trompete e fluguel), Everson Moraes (trombone), Lucas Oliveira (cavaquinho), Magno Júlio (percussão), Marcus Tadeu (percussão), Marlon Júlio (7 cordas), Maycon Júlio (bandolim e violinha) e Tadeu Santinho (flauta e flautim);

18h Bandão e Coral da EPM: Tributo a Jacob, Dino, Edino Krieger (90 anos) e Joaquim Callado (170 anos)

Com os alunos da Escola Portátil de Música.

18h30 Orquestra Furiosa Portátil

Homenagem a Jacob do Bandolim e Dino Sete Cordas

Fotos: Flora Pimentel

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Manu Mayrink é fanática por livros, filmes, séries, música e lugares novos.  A internet é seu maior vício (ao lado de banana e chocolate, claro) e o "Alguém Viu Meus Óculos?" é seu xodó. Ela ama falar (muito) e contar pra todo mundo o que anda fazendo (taurina com ascendente em gêmeos, imagine a confusão!). Já morou em cidade pequena e em cidade grande, já conheceu gente muito famosa e outras não tanto assim (mas sempre com boas histórias). Já passou por alguns lugares incríveis, mas quando o dinheiro aperta ela viaja mesmo é na própria cabeça. Às vezes mais do que deveria, aliás.

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