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Glenn Close leva o Globo de Ouro por "A Esposa", que chega aos cinemas nesta quinta


O último domingo (06) foi dia de Globo de Ouro e uma das vencedoras foi Gleen Close, que levou para casa o prêmio de Melhor Atriz em filme de Drama, por "A Esposa". O momento foi dedicado à mãe: "Ela sempre ficou por trás do meu pai. Aos 80 anos, minha mãe virou para mim e disse que achava que não tinha feito nada em sua vida e isso não deveria ser assim", afirmou. A atriz ainda falou sobre a importância da igualdade de gênero e foi aplaudida de pé pela platéia.

O discurso tem tudo a ver com o enredo do longa, que conta a história de Joan Castleman, uma esposa que, durante 40 anos, foi devota ao seu marido, sacrificando seu próprio talento e sonhos, apesar das infidelidades do parceiro. Mas ela chega ao limite quando ele é premiado com um Nobel de Literatura. Joan é assediada por Nathaniel, um jornalista ávido por escrever uma escandalosa biografia de Joe. Diante de tantos questionamentos - e das reflexões que eles levantam - Joan vai desenterrar diversos medos, raivas e segredos.

A verdade é que Joe não seria nada sem a esposa. E a questão aqui não é só a anulação psicológica e de vida de uma mulher que dedicou seu tempo a dar todo o espaço para que o marido mostrasse seu talento - e as decepções provenientes disso. Aqui, o talento ela tem, mas anula em todos os sentidos dentro de um relacionamento cheio de abusos psicológicos desde o seu início - afinal de contas, Joe está longe de ser o vovô simpático que aparenta. Ali, nós sentimos raiva e revemos nossa vida e a de tantas mulheres que conhecemos, que se rebaixam, anulam seus talentos e deixam vontades de lado para agradar um marido absolutamente inseguro.

Glenn Close está incrível como Joan, mostrando a confusão de sentimentos da personagem muitas vezes apenas em expressões faciais. A descoberta de quem ela foi a vida inteira e tudo a que se submeteu fica nítida em seu rosto, sem precisar de muitas palavras. Uma personagem que busca, enfim, a emancipação, mas que tem no roteiro a prova de que isso é algo que não vem com facilidade.

O longa é uma adaptação do livro "The Wife", de Meg Wolitzer.

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Manu Mayrink é fanática por livros, filmes, séries, música e lugares novos.  A internet é seu maior vício (ao lado de banana e chocolate, claro) e o "Alguém Viu Meus Óculos?" é seu xodó. Ela ama falar (muito) e contar pra todo mundo o que anda fazendo (taurina com ascendente em gêmeos, imagine a confusão!). Já morou em cidade pequena e em cidade grande, já conheceu gente muito famosa e outras não tanto assim (mas sempre com boas histórias). Já passou por alguns lugares incríveis, mas quando o dinheiro aperta ela viaja mesmo é na própria cabeça. Às vezes mais do que deveria, aliás.

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