"Turma da Mônica - Laços" é um retorno ao melhor da infância
Praticamente toda a minha geração (e algumas anteriores) tem uma boa lembrança com a Turma da Mônica. E muitos têm passado essa admiração para os filhos. Eu lembro bem (sim, lembro!) da minha mãe lendo o gibi pra mim antes mesmo de eu estar alfabetizada, acompanhando com os dedinhos pra eu saber onde estava a leitura. É uma das minhas memórias mais antigas e, com certeza, foi fundamental para o meu processo como leitora voraz.
Imagina a alegria de saber que os seus melhores amigos de infância agora vão ocupar as telas do cinema (e com atores reais, pra dar ainda mais certeza de que poderia ser qualquer um de nós por ali).
"Turma da Mônica - Laços" é baseado na HQ de mesmo nome de Vitor e Lu Cafaggi e acompanha os super amigos Mônica, Magali, Cascão e Cebolinha no resgate ao Floquinho, que desaparece certa madrugada. Ao longo da narrativa, vemos os planos infalíveis do Cebolinha, temos a presença do Louco (interpretado de maneira SENSACIONAL por Rodrigo Santoro) e até mesmo do próprio Maurício de Souza que, assim como Stan Lee, faz uma aparição especial como vendedor em uma banca de jornais da famosa Rua do Limoeiro (levada às telonas em incrível trabalho da direção de arte!).
O longa é bem colorido, lúdico e, o principal, bem fiel ao que temos em nossa memória sobre cada personagem. É, definitivamente, um resgate aos melhores momentos da nossa infância, seja lendo as HQs ou se divertindo ao lado dos amigos de bairro que ocupam nossas memórias. Talvez exatamente por tanto afeto que estas histórias nos tragam, é uma responsabilidade enorme produzir este live-action. Mas a missão é cumprida com maestria.
A direção de "Turma da Mônica - Laços" é de Daniel Rezende, indicado ao Oscar como melhor montador por "Cidade de Deus" e diretor de "Bingo - O Rei das Manhãs"
OBS: podemos todos ficar calmos. O cão da raça Lhasa Apso que "interpreta" Floquinho não foi pintado de verde; toda a coloração aconteceu virtualmente, na pós-produção.
