“O Farol”, com Willem Dafoe e Robert Pattinson
Todo em preto e branco, “O Farol”, dirigido por Robert Eggers (“A Bruxa”), é um filme alucinante e hipnótico. Ele conta a história de dois marinheiros, um faroleiro e um zelador, que são obrigados a conviver em um farol, em 1881, na Nova Inglaterra.
Isolados de qualquer contato com o mundo, o novato (Robert Pattinson, de "Bom Comportamento") e o veterano (Willem Dafoe, de “Projeto Flórida”) têm uma relação conturbada e se desentendem a todo tempo. Seja pela misticidade do lugar ou, principalmente, por estarem isolados, é comum que os trabalhadores deste lugar apresentem sinais de loucura.
“O Farol” é bastante longo e arrastado e tem cenas bem apavorantes. São imagens bem alucinantes, em um grande apelo imagético que dá a dimensão da loucura de se viver isolado. É um filme macabro, solitário, aterrorizante e um cansativo, mas a entrega de Pattinson e Dafoe é realmente surpreendente e os atores fazem o longa. Os conflitos constantes e os pesados diálogos entre os dois personagens são realmente excelentes.
O longa recebeu cinco indicações ao Film Independent Spirit Awards: Diretor, Ator (Pattinson), Ator Coadjuvante (Dafoe), Fotografia e Montagem. A cerimônia de premiação vai acontecer no dia 8 de fevereiro. “O Farol” foi exibido na 21ª edição do Festival do Rio estreia nesta quinta-feira (02) em todo Brasil.